"Assim, o paradoxo: quanto mais fácil se torna viajar externamente, nas asas dos jatos supersônicos e via internet, mais difícil se torna viajar sabiamente. Ficamos com muitos quilômetros voados e diferentes carimbos no passaporte, mas cresce em nós a suspeita de que nossas viagens perderam alguma coisa fundamental. T. S. Eliot perguntava, sobre os tempos modernos: onde está a sabedoria que perdemos com os conhecimentos? Onde estão os conhecimentos que perdemos com as informações?"
Com um pouco de dinheiro, algum conhecimento e coragem, hoje qualquer um pode viajar. Quase não há canto desse mundo que já não tenha sido descoberto por turistas. E está cada vez mais difícil, até mesmo para os aventureiros natos, orgulharem-se de terem sidos os primeiros a colocarem os pés "naquele" lugar, "naquela" praia, "naquele" lugarejo.
Toda viagem tem o seu verdadeiro objetivo. Quando abrimos o nosso coração para tudo o que existe em um mundo diferente do que você vem, percebemos que aquela outra cidadezinha aparentemente sem graça do Nepal, do Alasca ou até mesmo do interior do Ceará tem sempre algo mais.
Pode ser alguma coisa em comum com a cidade que você veio. Ou um fato muito diferente do que você está acostumado. Para enxergar essas semelhanças e diferenças, é preciso os tais "olhos de ver". É parar com esse espírito desbravador e ansioso e passar para o verdadeiro lance: descobrir o mundo de um jeito mais relaxado, menos preocupado com novidades que você vai ser o primeiro a descobrir. E ficar mais ligado no que pode ser comum, mas que dá personalidade ao lugar.
Com um pouco de dinheiro, algum conhecimento e coragem, hoje qualquer um pode viajar. Quase não há canto desse mundo que já não tenha sido descoberto por turistas. E está cada vez mais difícil, até mesmo para os aventureiros natos, orgulharem-se de terem sidos os primeiros a colocarem os pés "naquele" lugar, "naquela" praia, "naquele" lugarejo.
Toda viagem tem o seu verdadeiro objetivo. Quando abrimos o nosso coração para tudo o que existe em um mundo diferente do que você vem, percebemos que aquela outra cidadezinha aparentemente sem graça do Nepal, do Alasca ou até mesmo do interior do Ceará tem sempre algo mais.
Pode ser alguma coisa em comum com a cidade que você veio. Ou um fato muito diferente do que você está acostumado. Para enxergar essas semelhanças e diferenças, é preciso os tais "olhos de ver". É parar com esse espírito desbravador e ansioso e passar para o verdadeiro lance: descobrir o mundo de um jeito mais relaxado, menos preocupado com novidades que você vai ser o primeiro a descobrir. E ficar mais ligado no que pode ser comum, mas que dá personalidade ao lugar.
Meus melhores amigos sabem do que estou falando... porque estou escrevendo isso...
Sem dúvida... sem dúvida...
ResponderExcluirDr. Nagel,
ResponderExcluirBuenas!
Impressionante como o Mundo (que é redondo, pequeno, mal distribuído, onde todo mundo se conhece e que dá voltas) fica menor ainda quando se trata do sentimento que pessoas como Saramago despertam em cada um.
Dissestes muito bem ...GÊNIO.
Abraços,
Stefan Wagner