domingo, 20 de junho de 2010

José Saramago ( 1922 - 2010 )


Este homem genial só pretendia quebrar um pouco a acomodativa ordem estabelecida das coisas, mexer nas consciências, levar as pessoas a questionar e questionarem-se sobre as coisas importantes da vida e do mundo. Não o importava que concordassem ou discordassem, o que lhe importava era que as pessoas pensassem, principalmente sobre temas tabus em que a maioria das pessoas não se atrevia nem sequer a pensar, quanto mais a questionar. Saramago foi incompreendido, criticado e até humilhado por pessoas incultas; porque ser culto é ter a mente aberta a todas as ideias e aceitá-las independente de as partilhar ou não.
Único Premio Nobel de Literatura da língua portuguesa, suas frases são tão instigantes quanto provocantes:
"Das habilidades que o mundo sabe, essa ainda é a que faz melhor: dar voltas".
"O que as vitórias têm de mau é que não são definitivas. O que as derrotas têm de bom é que também não são definitivas…”.
“Não sou um ateu total, todos os dias tento encontrar um sinal de Deus, mas infelizmente não o encontro”.
“Para que serve o arrependimento, se isso não muda nada do que se passou? O melhor arrependimento é, simplesmente, mudar”.
“O talento ou acaso não escolhem, para manisfestar-se, nem dias nem lugares”.
“Estaríamos todos nús, não fosse a imensa dor de ser quem somos e usar as máscaras que usamos”.
“Penso que não cegamos. Penso que estamos cegos. Cegos que vêem. Cegos que vendo não vêem”.
“Se tens um coração de ferro, bom proveito. O meu, fizeram-no de carne, e sangra todo dia".
“Por causa e em nome de Deus é que se tem permitido e justificado tudo, principalmente o mais horrendo e cruel”.
“Falta-nos reflexão, pensar, precisamos do trabalho de pensar, e parece-me que, sem ideias, não vamos a parte nenhuma”.
“Gostar é provavelmente a melhor maneira de ter, ter deve ser a pior maneira de gostar.”
“Não tenhamos pressa, mas não percamos tempo”.

"O ser humano inventou Deus e depois escravizou-se a ele".
"Resulta muito mais fácil educar os povos para a guerra do que para a paz. Para educar no espírito bélico basta apelar aos mais baixos instintos. Educar para a paz implica ensinar a reconhecer o outro, a escutar os seus argumentos, a entender as suas limitações, a negociar com ele, a chegar a acordos...".

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