domingo, 18 de outubro de 2009

Hipócrates


Hipócrates (grego, viveu de 460 a 377 a.C.) é conhecido como uma das figuras mais marcantes da história da saúde. Devido a sua grande importância, ele é chamado de "Pai da Medicina".
Este importante estudioso da medicina, nasceu na Grécia e fazia parte de uma família que mantinha uma longa tradição na pratica de cuidados em saúde. Em seus estudos, ele pode constatar a relação de muitas epidemias com fatores climáticos, raciais, alimentares e do meio ambiente. Deixou ainda muitas descrições clínicas que possibilitaram o diagnóstico de doenças como a malária, tuberculose, caxumba e pneumonia. Ele se dedicou também profundamente aos estudos sobre anatomia humana, deixando anotações descritivas bastante claras que se referiam não só a instrumentos de dissecação, como também a procedimentos práticos. O “pai da medicina” direcionava seus conhecimentos em saúde no caminho científico, ele rejeitava completamente a superstição e práticas que não se podia explicar cientificamente. Hipócrates chegou à teoria dos quatro humores corporais (sangue, fleugma, bilis amarela e bilis negra) através de sua forma de entender o funcionamento do organismo humano, incluindo a personalidade. Segundo ele, a quantidade destes fluídos corporais era a principal responsável pelo estado de equilíbrio ou de doença. Sua teoria influenciou um outro importante estudioso, Galeno, que desenvolveu a teoria de Hipócrates (teoria dos humores) dominando este conhecimento até o século XVIII. O famoso Juramento de Hipócrates foi criado a partir de sua inquestionável conduta ética:
"Eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minh arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução, sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Aquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade e tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir esse juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente a vida e a minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, que o contrário aconteça".
Hoje, 18 de outubro, é o Dia do Médico.

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