Às vezes, só às vezes, muito me admiro da criatividade dos brasileiros para saírem das crises muitas vezes criadas por eles próprios. Uma dessas criações geniais é a fórmula que calcula o tal "fator previdenciário", que reduz substancialmente o benefício, já que ele leva em conta a idade em que o trabalhador vai se aposentar, o tempo de contribuição, e a respectiva taxa de sobrevida. Assim, quanto menor a idade do segurado no momento de pedir a aposentadoria, menor será o valor do benefício. Tudo para conter, obviamente, o déficit previdenciário, um elefante branco que não surgiu expontâneamente.
Hoje, no Brasil, busca-se fórmulas mais adequadas, mais justas e decentes, para pagar sem humilhar aos brasileiros que contribuíram com seu trabalho e suor para a construção desse país. Veja, por exemplo, as fórmulas mais simples e honestas do Deputado Federal Pepe Vargas e do Senador Paulo Paim, no desenho acima. Claro, há que se considerar a capacidade do órgão pagador, mas também há que se considerar, com critérios de mesmo peso, os merecimentos de quem recebe o benefício.
Voltando à frase que inicia este post, fiquei pasmo com a fórmula atualmente em vigor para calcular o Fator Previdenciário, um autêntico composée de letras, números e de matemática, criado por algum iluminado de Brasília pomposamente instalado numa sala refrigerada e acarpetada, sem dúvida candidato a algum Prêmio Nobel...
E o trabalhador que se liche.
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