sábado, 27 de setembro de 2008

Duas emoções


Na quarta-feira passada, logo pela manhã, recebi através de um noticioso televisivo a informação de que o cidadão brasileiro acabava de atingir a marca de 156 dias do ano pagando impostos. Só depois dessa carga tributária recolhida aos cofres dos governos (federal, estadual, municipal) é que sobrará algum dinheiro para começar a pagar a alimentação, o transporte, gastos com saúde, e tudo o mais o que a gente já sabe e sente nos bolsos... Portanto, o brasileiro trabalho 156 dias do ano para o governo! Transfere-se todo esse resultado do trabalho para os nossos administradores públicos, os quais nem sempre - ou quase nunca - são merecedores da devida confiança e responsabilidade no trato dos seus deveres. Pois não vemos, na prática, a contrapartida ansiosamente esperada: estradas bem conservadas, hospitais bem equipados, segurança bem... bem... bem...! O que se vê, sim, é uma verdadeira derrama de impostos, motivo que levou Tiradentes à forca e, afinal, ultimou com a independência do Brasil. Fiquei deprimido!

Naquela mesma quarta-feira, no período vespertino, vivi emoções distintas daquela da manhã, quando assisti a um grupo de crianças de uma creche carente de Blumenau, que fazia uma apresentação de agradecimento pelo apoio que a entidade vem recebendo da Associação das Mulheres Unimedianas dessa cidade. É um trabalho desinteressado, às vezes penoso, despretencioso, e que vem apresentando resultados edificantes na vida das crianças, das famílias envolvidas, e obviamente das mulheres voluntárias comprometidas.

E aí fica a minha indignação: com tanto imposto cobrado pelos governos, neste país ainda é necessário o trabalho voluntário, porque a administração pública não consegue dar um teto, um alimento, calçado e trajes decentes às nossas crianças. Pobre país rico!
Você conhece o impostômetro? http://www.impostometro.com.br/

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