terça-feira, 19 de maio de 2009

Faixa de (in)segurança


Meu amigo e colunista do Jornal de Santa Catarina (http://www.santa.com.br/), Cezar Zillig, tem se referido em diversas oportunidades à incompetência das autoridades do trânsito em fiscalizar e notificar os veículos que não respeitam a travessia dos pedestres nas faixas exclusivas dos pedestres. Para ser mais objetivo e realista, pede para que lhe remetam o número de multas que já foram aplicadas, em obediência ao Artigo 214 do Código Nacional de Trânsito, para a devida divulgação. Estão demorando para lhe responder...
Realmente, são poucas as oportunidades em que se pode presenciar uma travessia tranquila de um pedestre nas faixas de segurança ( ? ). Ou o motorista freia a poucos centímetros da faixa, ou passa por ela em alta velocidade, sempre assustando e causando um "frio na espinha" de quem a está atravessando. Também nesta questão o brasileiro continua apostando na Lei de Gerson: desde que obtenha vantagem, vale tudo! E aí vão se acumulando os acidentes, que a essas alturas já nem mais causam espanto, tantos os são que mais parecem uma guerra a cada dia. Tem quem marque no calendário as mortes que acontecem diariamente!
Desejo acrescentar uma experiência que tive numa viagem à Europa, quando observei detalhadamente várias faixas de pedestres em muitas cidades visitadas. Nos períodos noturnos, como se sabe, não se pode usar os faróis dos carros levantados; então usa-se os mesmos em posição "luz baixa". Logo, se as faixas de pedestres não são devidamente iluminadas, corre-se o risco de observá-las somente a poucos metros de distância, com sérios riscos de atropelamentos. Lá no Velho Mundo, as faixas são iluminadas de forma direcionada, com três ou quatro holofotes clareando as passagens dos pedestres, o que lhes dá muito mais segurança na travessia das ruas, assim como aos motoristas. De volta a Indaial, passei esta informação a um vereador, que apresentou a tese na Câmara de Vereadores, e que foi unanimemente aprovada. Só que, até hoje, nenhuma providência foi tomada pelos prefeitos que se sucederam. Por isso, volto a dizer: as faixas de segurança de pedestres precisam ser efusivamente iluminadas, padronizadas - e também respeitadas!
A ilustração acima, que visa mostrar um exemplo de como as faixas de segurança deveriam acontecer, é da cidade de Vitória, Espírito Santo.

2 comentários:

  1. Olá Nagel,
    Em São Paulo, e provavelmente em outras grandes cidades brasileiras a maioria das faixas de pedestre são iluminadas da mesma forma. Entretanto, posso observar aqui em Indaial, em Blumenau, em Sampa ou em qualquer lugar onde eu vá, que o bom uso de faixas de pedestre sem semáforo é bem complicado, não só o motorista não respeita o pedestre como o pedestre não respeita o motorista. Aqui em Indaial é comum ver pedestres "se jogando" na faixa na frente dos carros mesmo quando os observa muito próximos dela, na maioria das vezes tornando a freada um risco de colisão. A impressão que eu tenho é que o pedestre quer dizer: "Ah é? me atropela só pra você ver". Não lhe parece assim?
    Abraços.

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  2. Salve, Alfredo
    Evidentemente que fico lisonjeado em ver meu artigo comentado pelo amigo. Não apenas comentado mas também aduzindo argumentos que corroboram com a minha crítica.
    Realmente, quem tem um pouco de bom senso não deixa de reconhecer a falta de seriedade com que o assunto é tratado pelas autoridades de transito; não apenas em Blumenau, mas na maioria das cidades brasileiras. O Brasil é conhecido por imitar tudo o que se faz lá fora, principalmente ao legislar; ao menos no papel, figuramos como muito adiantados, agora na prática...
    Noto que a ilustração da matéria apresenta uma faixa de pedestre muito bem pintada e iluminada; provavelmente trata-se de imagem baixada da internet. Duvido que seja da região.
    Grande abraço
    Zillig

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